O Grupo de Trabalho (GT) teve um papel central nas discussões sobre segurança energética global durante a cúpula. Os resultados das contribuições, negociações e compromissos firmados ao longo do encontro foram divulgados nesta segunda-feira (18/11).
– Foto: Ricardo Botelho/MME
Presidido pelo ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, o Grupo de Trabalho (GT) de Transições Energéticas do G20 teve um papel central nas discussões sobre segurança energética global durante a cúpula. Os resultados das contribuições, negociações e compromissos firmados ao longo do encontro foram incorporados à Declaração de Líderes do G20, divulgada nesta segunda-feira (18/11).
“Durante o G20, o Ministério de Minas e Energia desempenhou uma função estratégica ao defender a necessidade de uma transição energética inclusiva, que leve em conta as diferenças entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento, buscando mitigar os impactos sociais e econômicos nas populações mais vulneráveis. Focamos nossos esforços em identificar soluções que se adaptem à realidade de cada país, e continuaremos trabalhando para alcançar esses objetivos”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.
Na Declaração de Líderes, os chefes de Estado endossaram os princípios de uma transição energética justa e inclusiva, nos quais o GT destacou a necessidade de elaboração e implementação de políticas domésticas para promover transições energéticas eficazes. Outro resultado importante foi o reconhecimento da relevância do planejamento energético nacional, do fortalecimento das capacidades locais, das estratégias políticas e marcos legais, assim como da cooperação entre diferentes níveis de governo para criar ambientes que atraiam investimentos para as transições energéticas.
Além disso, a Declaração reconheceu a urgência em aumentar os investimentos em todas as fontes e canais financeiros para suprir a lacuna de financiamento das transições energéticas, com especial foco nos países em desenvolvimento.
Os líderes do G20 também ressaltaram a importância de abordagens tecnologicamente neutras, integradas e inclusivas para o desenvolvimento e a implantação de soluções de baixo carbono, incluindo energias renováveis, combustíveis e tecnologias sustentáveis para redução e remoção de carbono. A meta é criar mercados globais escaláveis que acelerem a transição energética, especialmente nos setores de difícil descarbonização.
Por fim, os líderes mundiais se comprometeram a acelerar os esforços para garantir o acesso universal ao cozimento limpo até 2030, por meio da formulação de políticas facilitadoras e do fornecimento de apoio financeiro e tecnológico, com foco na mobilização de recursos para os países em desenvolvimento e o aumento dos investimentos anuais em projetos de cozimento limpo.