Brasil é rico em recursos minerais e detém uma matriz elétrica altamente renovável, o que posiciona o país de forma estratégica para liderar a transição global para uma economia de baixo carbono.
Foto: BID/Divulgação
O Ministério de Minas e Energia (MME) participou, nesta terça-feira (10/12), do evento “Exercício de Diálogo entre o Governo Brasileiro e o BID Invest”, realizado em Brasília. A iniciativa teve como objetivo promover o diálogo entre as partes, apresentar a nova Estratégia País (ações do Grupo BID com o Brasil, recentemente aprovada) e destacar como ela influencia a colaboração com o setor privado na atração de recursos para investimentos em áreas prioritárias.
“Eventos como este representam uma oportunidade valiosa para fortalecer a colaboração entre o governo e o setor privado, além de reforçar nosso compromisso com a atração de investimentos para áreas estratégicas. Os setores de mineração e energia, em particular, têm o potencial de se tornar mais dinâmicos e sustentáveis, criando um ambiente de negócios favorável a parcerias sólidas e impulsionando o crescimento econômico do Brasil”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Representando o MME, o coordenador-geral de Minerais Estratégicos e Transição Energética, Gustavo Masili, contribuiu no painel “Prioridades do Governo na Promoção de ‘Eco-investimentos’“, que abordou as oportunidades proporcionadas pela transição para uma economia de baixo carbono, com ênfase na nova indústria e nos minerais estratégicos.
Em sua intervenção, Masili enfatizou o posicionamento estratégico do Brasil, apontando que o país reúne condições únicas para assumir o protagonismo global nesse movimento. “Temos uma das matrizes elétricas mais limpas entre as grandes economias mundiais, além de reservas consideráveis de minerais essenciais às transições energéticas dos países, fatores que nos colocam na vanguarda da agenda de desenvolvimento sustentável”, disse.
O coordenador lembrou as iniciativas do MME voltadas ao fortalecimento da pesquisa mineral e da cadeia produtiva, promovendo a agregação de valor aos minerais extraídos no Brasil. Gustavo ressaltou também que essas ações buscam fortalecer a geração de empregos verdes em regiões mais vulneráveis do país, além de estimular a inovação tecnológica e a atração de investimentos estratégicos para o setor.
Uma das preocupações do Ministério para o setor está no estímulo à participação das empresas juniores, especialmente na produção e transformação de minerais essenciais à transição energética. Essas empresas são caracterizadas por sua agilidade e foco em pesquisa mineral, e desenvolvimento e implantação de novas minas, o que é fundamental para impulsionar investimentos, inovação e geração de emprego no país. “No entanto, o alto risco envolvido nas operações, combinado à baixa capacidade de investimento dessas empresas, cria desafios de acesso a fontes de financiamento e de garantias, limitando a criação de oportunidades e de agregação de valor”, ponderou, Masili.
