G20 | Reunião do Grupo de Infraestrutura marca fim de reuniões de GTs da Trilha de Finanças

Encontro do IWG foi acompanhado de evento paralelo sobre infraestrutura no continente africano Marden Barboza, coordenador do IWG, explicou que o grupo trabalhou sobre quatro prioridades ao longo da presidência brasileira – Foto: Cláudio Sobreira

O Grupo de Trabalho Infraestrutura (IWG, na sigla em inglês), que integra a Trilha de Finanças do G20, realizou na cidade do Rio de Janeiro, segunda e terça-feira (dias 30/9 e 1°/10) sua quarta e última reunião sob presidência brasileira. Após a reunião, os delegados do G20 participaram ainda de um evento paralelo sobre Infraestrutura liderado por África, segunda edição de uma iniciativa inédita da presidência brasileira.

A 4ª reunião marca também o encerramento da última rodada de encontros de GTs, o nível técnico da Trilha de Finanças. Após esse ciclo, haverá ainda as últimas reuniões de Deputies e de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais, que acontecerão durante os Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Marden Barboza, coordenador do IWG, explica que o grupo se debruçou sobre algumas prioridades ao longo da presidência brasileira. “Ao longo do ano, tivemos quatro prioridades debatidas. Nesta reunião, trabalhamos em três entregas. Os resultados foram muito positivos e as delegações acolheram as recomendações apresentadas”, disse.

A primeira prioridade, o financiamento de infraestruturas resilientes, teve seus debates encerrados ainda em junho, já tendo sido validada na reunião ministerial de julho. Neste último encontro, o IWG debate o papel da infraestrutura na redução da pobreza, a mitigação do risco cambial para investimentos no setor e o financiamento de infraestrutura em regiões de fronteira.

De acordo com Barboza, em relação a estes temas há consenso formado. “Não há divergências, apenas solicitações de ajustes de formatação”.

“Nossa expectativa é levar os relatórios para que eles sejam validados na reunião ministerial”, complementa.  Ainda segundo ele, a grande contribuição da presidência brasileira ao longo de 2024 foi passar a olhar a provisão de infraestrutura a partir da ótica do demandante. “Não adianta ter serviço de transporte se a pessoa não tem condições financeiras de pagar a passagem”, exemplifica.

A última reunião do IWG contou também com um evento paralelo, o Debate conduzido pela África sobre Infraestrutura (Africa Led debate on Infrastructure, no original em inglês). Mariana Davi, uma das organizadoras do diálogo, explica se tratar de “um debate protagonizado por delegações e experts africanos, sendo uma iniciativa inédita construída durante a presidência brasileira do G20”.

Davi se refere a dois momentos. Em fevereiro, durante a reunião de ministros das Finanças do G20, em São Paulo, houve uma reunião entre ministros africanos. Em junho, durante a reunião do grupo de Arquitetura Financeira Internacional (IFA), houve a primeira edição do debate conduzido pela África, sobre dívidas nacionais.

“Vamos ouvir delegados e acadêmicos sobre os desafios e obstáculos ao financiamento da infraestrutura no continente africano, especialmente a necessidade de investimentos para o enfrentamento à pobreza e à desigualdade. Esperamos que esse seja um legado, que tenha continuidade durante a presidência da África do Sul, fortalecendo o protagonismo dos países africanos”, pontuou.

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