Os impactos da greve dos Auditores-Fiscais foi o tema de ofício encaminhado pela Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI) à Presidência da República, nesta segunda-feira (27). Documentos com o mesmo teor foram enviados ao Ministério da Fazenda e ao Ministério da Gestão e da Inovação (MGI). A categoria está em greve por tempo indeterminado há dois meses.
O ofício destaca que 70% das exportações brasileiras são escoadas pelo modal rodoviário e que a operação-padrão em curso nas Aduanas do país está fazendo com que liberações, que aconteciam em média em duas horas, levem até quatro dias.
“Essa mobilização, iniciada pelos servidores públicos em 26 de novembro de 2024 e que ainda segue em curso, afeta toda a cadeia logística do transporte rodoviário internacional de cargas, além dos demais modais. Os atrasos nas liberações de veículos afetam não só o transporte em si, mas o comércio exterior brasileiro, que começa a ser questionado pelos países parceiros sobre a falta de resolução”, diz a associação.
A entidade pede a intervenção da Presidência da República para a abertura do canal de negociação com a categoria para que “um acordo seja alcançado rapidamente, a fim de cessar a greve e minimizando os prejuízos a toda a cadeia produtiva e aos trabalhadores do setor de transporte rodoviário de cargas”.
A categoria está em greve em razão do descumprimento, pelo governo federal, do acordo firmado com os Auditores-Fiscais que previa a negociação do reajuste do vencimento básico e outras demandas em um fórum específico junto ao MGI.
