Impactos da greve são sentidos por empresas ligadas ao comércio exterior e à indústria

Falta de espaço nos armazéns, mercadorias expostas às intempéries e possibilidade de cancelamento de voos com produtos importados a partir da próxima semana. Esses foram alguns dos problemas relatados pelos representantes das principais empresas de remessas expressas do país, que integram a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas (Abraec).

Em reunião com a Direção Nacional nesta sexta-feira (13), dirigentes da Fedex, DHL e UPS Brasil informaram que consideram legítimo o pleito dos Auditores-Fiscais. Na tentativa de contribuir com a solução do impasse, a associação enviou um manifesto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expondo os impactos da mobilização, especialmente no Aeroporto de Viracopos, e solicitando a abertura da negociação. Em outra frente, a Abraec tem usado a imprensa para denunciar os reflexos da greve e pressionar o governo a negociar.

Por fim, eles pediram ajuda do Sindifisco Nacional no sentido de mitigar os impactos na liberação das remessas expressas. O presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Isac Falcão, e o diretor de Relações Internacionais e Intersindicais, Auditor-Fiscal Dão Real, agradeceram o apoio da Abraec e explicaram que a greve foi resultado da recusa do governo em negociar o reajuste do vencimento básico com a categoria, descumprindo o acordo firmado em maio deste ano.

O Auditor-Fiscal Alexandre Teixeira, diretor suplente e representante do Comando Nacional de Mobilização (CNM), reforçou que embora não se deseje prejudicar nenhuma pessoa ou empresa, este é um efeito colateral de qualquer mobilização. Nesse contexto, a expectativa é que o movimento ganhe ainda mais força a fim de que o reajuste dos Auditores seja incluído no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), a ser encaminhado ao Congresso Nacional nos próximos dias. Na avaliação de Alexandre, não há possibilidade de o movimento retroceder sem que o governo negocie de forma efetiva.

Os diretores do Sindifisco se comprometeram a dar o devido tratamento às cargas prioritárias, como medicamentos, alimentos, cargas vivas, perigosas e perecíveis.

Os representantes da Abraec reforçaram a preocupação e anunciaram que um novo documento assinado por outras grandes associações afetadas pela greve será encaminhado, no início da próxima semana, solicitando uma reunião com o ministro da Fazenda. Os integrantes da Abraec também estudam a possibilidade de iniciar uma interlocução com os ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).

Indústria

Os impactos da greve também estão sendo sentidos por diversos setores da indústria. O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) encaminhou ofícios aos ministros Geraldo Alckmin, Fernando Haddad, Simone Tebet e Esther Dweck (Gestão e Inovação), pedindo solução para a greve dos Auditores-Fiscais.

Matéria divulgada no site da entidade destaca as dificuldades enfrentadas na liberação de mercadorias. “O agravamento dessa operação resultará em danos ainda mais significativos para as empresas, comprometendo sua produção e competitividade e aumentando os custos operacionais, em um período no qual a estabilidade econômica é essencial. Esses efeitos adversos podem, em última análise, repercutir na arrecadação tributária, afetando os interesses tanto do Estado quanto da sociedade”, avaliou Rafael Cervone, presidente do Ciesp.

Fonte: https://www.sindifisconacional.org.br/impactos-da-greve-sao-sentidos-por-empresas-ligadas-ao-comercio-exterior-e-a-industria/

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