Melhoria no suprimento impulsiona exportação de energia do Brasil

A exportação foi predominantemente de geração termelétrica, mas há uma tendência de aumento na comercialização de excedentes hidrelétricos devido ao período de cheias.

Publicado em 05/02/2025 18h54 Atualizado em 05/02/2025 18h55

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– Foto: Ricardo Botelho / MME

A 301ª edição do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada no Ministério de Minas e Energia (MME) nesta quarta-feira (5/02), ressaltou a melhora nas condições de suprimento de energia elétrica no último mês. Esse avanço permitiu a redução da necessidade de despacho termelétrico e o aumento da exportação de excedentes.

Na última segunda-feira (3/02), o Brasil exportou 1.093 Megawatt-médios (MWmédios) para a Argentina e o Uruguai, volume que equivale a toda geração termelétrica de toda região Sul no mesmo dia. Além da geração termelétrica, a recente recuperação das bacias hidrelétricas também poderá permitir que excedentes hidrelétricos sejam exportados.

Informações Técnicas:

Condições Hidrometeorológicas: No mês de janeiro as bacias da Região Sul apresentaram uma diminuição no volume de precipitação, enquanto nas bacias dos rios São Francisco, Tocantins, Xingu, Tapajós, e no trecho boliviano da bacia do Madeira se verificou um aumento, com ocorrência de totais superiores à média climatológica.

Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), foram verificados valores abaixo da média histórica no decorrer de janeiro para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste, para os quais foram verificados 98%, 70% e 82% da Média de Longo Termo (MLT), respectivamente. Somente no Norte as condições hidroenergéticas foram mais favoráveis, registrando 108% da MLT.

Já em fevereiro, se considerarmos o cenário mais positivo, as previsões são: 87%, 70%, 94% e 110% da MLT, nesta ordem, para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Para o SIN, os resultados apontam para condições de afluência de 91% da MLT, sendo o 35º menor patamar para um histórico de 95 anos.

Ainda em fevereiro, de acordo com o cenário menos favorável, a indicação é de uma ENA abaixo da média histórica para todos os subsistemas. A previsão para o Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte é de 64%, 39%, 69% e 87% da MLT, respectivamente. Para o SIN, o estudo aponta condições de afluência prevista de 67% da MLT, sendo o 8º menor valor para o mês de um histórico de 95 anos.

Energia Armazenada: Em janeiro, foram verificados armazenamentos equivalentes de cerca de 62%, 61%, 70% e 80% no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN, o armazenamento foi de aproximadamente 64%.
Para o último dia de fevereiro, a expectativa é de 66,8%, 53,7%, 77,4% e 82,9% da EARmáx, considerando o cenário inferior para os subsistemas Sudeste-Centro/Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. No cenário superior, há a previsão de 72,9%, 74,7%, 82,3% e 94,8% da EARmáx, considerando a mesma ordem. Para o SIN, os resultados devem ser de 68,6% da EARmáx, para o menos favorável e 75,8% para o mais favorável.

Fonte: https://www.gov.br/mme/pt-br/assuntos/noticias/melhoria-no-suprimento-impulsiona-exportacao-de-energia-do-brasil

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