O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi um dos grandes destaques do World Hydrogen 2025 Summit & Exhibition, realizado esta semana na Holanda.
Publicado em 23/05/2025 15h20 Atualizado em 23/05/2025 16h21
– Foto: Divulgação
As estratégias do Brasil para impulsionar o mercado nacional de hidrogênio de baixa emissão de carbono foram apresentadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) durante o World Hydrogen 2025 Summit & Exhibition, realizado em Roterdã, na Holanda, entre os dias 20 e 22 de maio. Um dos destaques foi o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), coordenado pelo MME, divulgado na sessão Invest in Brasil.
A diretora do Departamento de Transição Energética da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento (SNTEP), Karina Araújo, uma das representantes do MME no evento, ressaltou a importância do PNH2 para o Brasil. “O PNH2 integra ações de desenvolvimento tecnológico, capacitação profissional, regulação, estímulo ao mercado de hidrogênio e a descarbonização industrial. É um instrumento estratégico para impulsionar a inovação, atrair investimentos e consolidar o Brasil como um dos principais atores globais na produção de hidrogênio de baixa emissão. Apresentá-lo aqui é, sem dúvida, um grande passo para aproximar o Brasil aos grandes players e colocar o país nas principais rotas dos investimentos”, destacou.
A sessão Invest in Brasil, coordenada pela ApexBrasil, contou com a participação do Diretor na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Fernando Moura, da presidente da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), Fernanda Delgado e o presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), Paulo Emílio de Miranda. O Embaixador do Brasil na Holanda, Fernando Simas Magalhães, também esteve presente e ressaltou o Brasil como um grande centro de investimentos na área de hidrogênio de baixa emissão de carbono.
A chefe de Gabinete da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Lais Thomaz, também representou o MME no evento e destacou a importância dessas trocas de experiências para o desenvolvimento do mercado brasileiro para demais combustíveis com baixa emissão de carbono. “Tivemos uma oportunidade única de aproximar nossa cooperação com os Países Baixos e conhecer mais sobre as tecnologias tanto para produção do hidrogênio como de outros combustíveis sustentáveis que irão usar o hidrogênio como SAF e o combustível sustentável de navegação”, destacou Laís.
Brasil – Holanda
Ainda no evento, o MME participou do International Hydrogen Trade Forum, que este ano é co-presidido por Brasil e Holanda, e conta com países e empresas dedicadas ao mercado internacional de hidrogênio. Foram apresentadas as ações do Brasil para o setor de hidrogênio, incluindo a aprovação do marco legal e a chamada pública de projetos lançada em outubro de 2024. Também foram realizadas reuniões bilaterais e visitas técnicas nos dias antecedentes ao evento, organizadas pelo Consulado do Reino dos Países Baixos no Brasil, que incluíram os Portos de Amsterdam e Rotterdam.
Em visita a estande brasileiro do World Hydrogen 2025 Summit & Exhibition, a ministra do Clima e Crescimento Verde da Holanda, Sophie Hermans, conversou com os representantes do MME sobre perspectivas e políticas públicas dos dois países e do Brasil para o desenvolvimento do mercado e comércio de hidrogênio internacional. O Embaixador do Brasil na Holanda, Fernando Simas Magalhães, e a representante da agência alemã GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), Isabela Resende, também estiveram presentes no estande.
H2Brazil
O MME também acompanhou o anúncio do projeto H2Brazil, que destinará R$ 7,8 bilhões para a implementação da maior planta de hidrogênio e amônia verdes no Brasil, em Uberaba (MG). A implantação da usina é liderada pelo projeto H2Brazil, uma parceria internacional entre Brasil e Portugal, com apoio do MME, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da ApexBrasil, da GIZ e demais colaboradores no estado mineiro.
A previsão de produção é de 3 mil toneladas de hidrogênio (kgH2) por ano, correspondente a uma capacidade instalada de 20 megawatt (MW) em eletrolizadores. No âmbito da Cooperação Brasil-Alemanha pelo Desenvolvimento Sustentável, o MME, MCTI, e a GIZ desenvolveram 18 estudos voltados para o hidrogênio, além da construção de plantas piloto de produção de hidrogênio e laboratórios em parceria com universidades.
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