Define especialização da Quarta Câmara da Terceira Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e das suas Turmas Ordinárias para julgar, preferencialmente, matérias aduaneiras.
O PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS, com base na atribuição prevista no inciso VIII do art. 61 e no disposto no inciso II do art. 46 do Regimento Interno do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – RICARF, aprovado pela Portaria MF nº 1.634, de 21 de dezembro de 2023, resolve:
Art. 1º À Quarta Câmara da Terceira Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF e suas Turmas Ordinárias fica atribuída especialização para julgar, de forma preferencial, as seguintes matérias:
I – Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, quando se tratar de operação de importação;
II – IPI, quando se tratar de operação de importação;
III – Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE, quando se tratar de operação de importação;
IV – Imposto sobre a Importação – II;
V – Imposto sobre a Exportação – IE;
VI – contribuições, taxas e infrações cambiais e administrativas relacionadas com a importação e a exportação;
VII – classificação tarifária de mercadorias;
VIII – isenção, redução e suspensão de tributos incidentes na importação e na exportação;
IX – vistoria aduaneira, dano ou avaria, falta ou extravio de mercadoria;
X – omissão, incorreção, falta de manifesto ou documento equivalente, bem como falta de volume manifestado;
XI – infração relativa à fatura comercial e a outros documentos exigidos na importação e na exportação;
XII – trânsito aduaneiro e demais regimes aduaneiros especiais, e regimes aplicados em áreas especiais, salvo a hipótese prevista no inciso XVII do art. 105 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966;
XIII – remessa postal internacional, salvo as hipóteses previstas nos incisos XV e XVI, do art. 105, do Decreto-Lei nº 37, de 1966;
XIV – valor aduaneiro;
XV – bagagem;
XVI – penalidades pelo descumprimento de obrigações acessórias pelas pessoas físicas e jurídicas relativamente aos tributos de que trata este artigo; e
XVII – descumprimento de normas antidumping ou de medidas compensatórias ou de salvaguarda.
§1º O disposto neste artigo não prejudica a competência das turmas extraordinárias, dentro do seu limite de alçada, nos termos do art. 65 do Regimento Interno do CARF – RICARF, para julgar as mesmas matérias.
§2º O disposto neste artigo aplica-se, exclusivamente, aos processos ainda não distribuídos às câmaras.
§3º Os processos que versam sobre os temas referidos neste artigo, que após a entrada em vigor desta Portaria sejam eventualmente distribuídos fora do âmbito da Quarta Câmara da Terceira Seção de Julgamento do CARF, serão devolvidos à Divisão de Sorteio e Distribuição – Disor, da Coordenação de Gestão do Acervo de Processos – Cegap, para novo sorteio e distribuição entre as turmas ordinárias especializadas que compõem a referida câmara.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
CARLOS HIGINO RIBEIRO DE ALENCAR