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Os impactos da greve dos Auditores-Fiscais sobre as indústrias da Zona Franca de Manaus foram tema da reunião realizada nesta quinta-feira (30) entre Direção Nacional, Comando Nacional de Mobilização (CNM) e representantes do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Sindicato dos Despachantes Aduaneiros (Sidam), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Manaus), Comissão de Direito Aduaneiro da OAB Amazonas e Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam).
O vice-presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Samuel Rebechi, entregou ao grupo um ofício, informando que a categoria deliberou por entrar em greve e operação-padrão, a partir de 26 de novembro, como resposta ao não cumprimento, por parte do governo federal, do acordo firmado com a categoria no início de 2024.
Os representantes das entidades manifestaram muita preocupação com a operação-padrão feita pelos Auditores-Fiscais nas unidades da Zona Primária. Por outro lado, demonstraram compreender a razão da mobilização. “Apesar do momento crítico em que nos encontramos, em decorrência da mobilização, a reunião foi bastante positiva”, disse Samuel. “Os representantes da indústria do estado do Amazonas compreenderam as nossas reivindicações e se comprometeram a nos apoiar, dentro das suas possibilidades, fazendo interlocuções com os agentes políticos do estado”.
Para o diretor-adjunto de Comunicação do Sindifisco, Auditor-Fiscal Marcos Barbonaglia, ficou clara a compreensão do grupo de que os pleitos da categoria são justos e legítimos. “A OAB esteve presente e seu representante afirmou que a Constituição nos garante esse direito e que o governo não pode desconsiderar o que está na Carta Magna”.
Ao final da reunião, os diretores participaram de uma entrevista coletiva com repórteres de veículos da imprensa local e nacional. “Destacamos para a imprensa que queremos que o governo cumpra o acordo e negocie conosco o reajuste do vencimento básico. Os prejuízos causados à sociedade são resultado da intransigência do governo. Estamos apenas cobrando o que foi acordado e um tratamento equivalente ao oferecido às demais carreiras”, pontuou o coordenador do CNM, Auditor-Fiscal Marcus Dantas.
Também participaram da reunião os Auditores-Fiscais Roberto Alvarez (diretor de Administração e Finanças do Sindifisco), Marcos José de Souza Neto (presidente da Delegacia Sindical de Manaus), Agnaldo Nery e Persio Rômel Macedo.