Trilha de Finanças do Brics promove seu primeiro evento internacional com a sociedade civil

No debate “Brics e Economia Global”, embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha, apresentou as prioridades brasileiras e ressaltou a importância de ouvir a sociedade civil.

Publicado em 16/04/2025 17h39 Atualizado em 16/04/2025 18h08

A Trilha de Finanças do Brics — grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita,  Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia — realizou nesta quarta-feira (16/4) o primeiro evento internacional com participação da sociedade civil. Realizado de forma virtual, o diálogo “Brics e Economia Global” foi mediado por Mariana Davi, coordenadora de Participação Social da Trilha de Finanças do Brics.

Após apresentar as prioridades brasileiras para a Trilha de Finanças, entre as quais a própria participação social, a embaixadora Tatiana Rosito – secretária de Assuntos Internacionais da Fazenda e coordenadora da Trilha – ressaltou a importância dada pelo Brasil às contribuições da sociedade civil.

“Todos os eventos, incluindo o hoje, nos ajudam a intensificar o diálogo, a trazer novas ideias e estabelecer conexões entre os países do Brics. O conhecimento e a experiência da sociedade civil, trazidos para esse evento, são de extrema importância para avançarmos”, disse.

O Brasil assumiu a presidência rotativa do Bricsem janeiro de 2025, tendo o Ministério da Fazenda, em colaboração com o Banco Central, como instituição responsável pela coordenação da Trilha de Finanças. Além de representantes da Fazenda, estiveram acompanhando o evento Bianca Kivel, do Banco Central, e Keiti Gomes, do Ipea.

Economia Global

Após o momento inicial, ocorreu uma segunda sessão sobre economia global, conduzida pela subsecretária de Acompanhamento Macroeconômico e Políticas Comerciais, Julia Braga. Participaram especialistas sobre o tema, além de representantes da sociedade civil que tiveram propostas de intervenção selecionadas entre 188 propostas de intervenção submetidas.

“Os países do Brics continuam atrás do G7 em termos de renda per capita. Isso indica que o processo de recuperação continua fundamental. Para superar essa diferença, as economias do Brics devem continuar a crescer de forma rápida e sustentada”, pontuou.

Segundo Braga, a heterogeneidade no interior do Brics pode servir como oportunidade de maior integração: Essas diferenças não apontam uma divisão, mas há riqueza da diversidade dos Brics. Além disso, aponta para a possibilidade de intensificar o comércio e investimentos entre os membros, aumentando a importância do agrupamento. Para ser efetivas, essas iniciativas precisam levar em conta as peculiaridades, assim como os interesses comuns”.

Um outro ponto levantado por Braga é o papel que o Brics pode desempenhar nos debates e ações em torno do combate à desigualdade social.

“O imperativo do crescimento também requer um compromisso com a sustentabilidade. É importante relembrar que, durante a presidência brasileira do G20, construímos um documento de consenso sobre a necessidade de se combater a desigualdade”, sustentou.

Antes das intervenções de representantes da sociedade civil, também falaram acadêmicos brasileiros e estrangeiros: Renato Flores, Ana Garcia, Haibin Niu, Subin Dennis e David Monyae.


Assista ao evento Brics e Economia Global, realizado nesta quarta-feira (16/4) de forma virtual, mediado por Mariana Davi, coordenadora de Participação Social da Trilha de Finanças

Fonte: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/noticias/2025/abril/trilha-de-financas-do-brics-promove-seu-primeiro-evento-internacional-com-a-sociedade-civil

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