Viracopos: aduaneiros participam de ato público e reafirmam que greve só acaba quando o vencimento básico for reajustado
11/04/2025
Cerca de 100 Auditores-Fiscais ocuparam o saguão de embarque do Aeroporto de Viracopos (SP), na manhã desta sexta-feira (11), para denunciar a intransigência do governo que se recusa a negociar o reajuste do vencimento básico da categoria. Munidos com cartazes, expuseram à sociedade as causas que levaram à deflagração da greve que já dura 136 dias.
Os Auditores-Fiscais aproveitaram para esclarecer que o governo está descumprindo o acordo firmado em abril de 2024, no qual se comprometeu a negociar o reajuste do vencimento básico com todas as carreiras do Executivo. No entanto, apenas os Auditores-Fiscais não tiveram a oportunidade de negociar. Ressaltaram a importância da Receita Federal para a arrecadação que viabiliza a execução das políticas públicas e que, a recusa do governo pode gerar prejuízos incalculáveis para o país. Neste sentido, cobraram urgência na solução do impasse.
Terminado o ato público, o grupo se reuniu em um auditório para avaliar a greve nas principais aduanas do país, a partir de relatos sobre os efeitos das ações implementadas na liberação de mercadorias. “Os colegas de Viracopos fizeram questão de reforçar que estão empenhados no movimento e que a condição para o fim da greve é o atendimento dos nossos pleitos. Enquanto isso não acontecer, a greve seguirá forte na unidade que é responsável pela liberação de um expressivo volume de cargas importadas”, relatou o diretor-adjunto de Comunicação do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Marcos Barbonaglia.
“A avaliação foi uníssona. A greve só acaba quando o governo negociar o reajuste do nosso vencimento básico. Representantes do Porto de Santos, do Aeroporto de Guarulhos, Belém, Manaus, todos relataram a disposição dos colegas das suas unidades de manter a greve até a vitória”, completou o coordenador do Comando Nacional de Mobilização (CNM), Auditor-Fiscal Marcus Dantas.
Um novo ato público está marcado para a próxima terça-feira (15), em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília.
