G20 | Grupo de Finanças Sustentáveis do G20 finaliza todas as suas entregas na presidência brasileira

Última reunião do GT foi muito bem-sucedida, afirma Ivan Oliveira, coordenador do grupo.

Cyntia Azevedo, do BCB, e o coordenador do grupo, Ivan Oliveira, da Fazenda, falam à imprensa: “Entregamos 100% do programado na presidência brasileira” – Foto: Cláudio Sobreira

Tendo como uma de suas principais entregas um relatório de recomendações para a reforma dos principais fundos ambientais e climáticos, o Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20 (SFWG, na sigla em inglês) encerrou sua última reunião sob presidência brasileira nesta terça-feira (10/9), na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

O coordenador do grupo e subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira, falou à imprensa ao lado de Cyntia Azevedo, chefe adjunta do Departamento de Relações Internacionais do Banco Central do Brasil, sobre os trabalhos realizados na capital fluminense.

De acordo com Oliveira, o SFWG realizou todas as entregas planejadas nas quatro prioridades da presidência brasileira: facilitação de acesso aos fundos verdes, princípios para transição justa, impactos de relatórios de sustentabilidade empresarial e financiamento de soluções baseadas na natureza.

“Entregamos 100% daquilo que programamos para esse grupo na presidência brasileira. Avançamos bem em todas as prioridades e concluímos coletivamente esse trabalho aqui no Rio. Fechamos uma agenda ambiciosa e voltada a ações concretas, buscando levar o impulso político do G20 ao dia-a-dia do cidadão”, afirmou.

Entre os destaques, está um relatório independente encomendado pelo SFWG a especialistas de renome mundial. A peça diagnostica e estabelece um conjunto de recomendações sobre o funcionamento dos fundos ambientais e climáticos – que sob a presidência brasileira, participaram pela primeira vez dos trabalhos do Grupo.

“Essa é uma grande entrega da presidência brasileira. Não é trivial o que aconteceu aqui. Conseguimos o apoio de todo o G20 na agenda de reforma da arquitetura financeira climática. Isso permite que os recursos realmente cheguem onde são necessários, de forma mais rápida e efetiva. Essa entrega se conecta fortemente com a agenda de solidariedade na política externa brasileira. A implementação dessas mudanças será uma ponte entre o G20 e a COP”, sintetizou o coordenador do SFWG.

A terceira prioridade, que debateu formas de preparação de relatórios de sustentabilidade de atividades de empresas, incluindo pequenas e médias, foi abordada por Cyntia Azevedo: “Os desafios de implementação não são uma questão apenas brasileira. Como o G20 exige consenso, o processo é complexo e por isso estamos muito felizes pelos avanços”. Segundo ela, neste eixo o SFWG se baseou no compartilhamento de experiências e obstáculos para implementação nacional desse tipo de relatório.

A próxima reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 será em Washington DC, como parte dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, em outubro.

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