Protecionismo verde não contribui para o desenvolvimento sustentável, alerta secretária do MDIC

No G20, Brasil defende que preocupação legítima com meio ambiente venha acompanhada de transparência e parâmetros claros.

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Arelação entre comércio e sustentabilidade veio para ficar, mas a defesa ambiental não pode ser como uma desculpa para viabilizar medidas de caráter protecionista, alertou nesta segunda-feira (18/3) a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC), Tatiana Prazeres, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“É inegável que, por trás de boas intenções, pode haver o risco de protecionismo verde, de medidas não transparentes, discriminatórias e não necessárias para o atingimento dos objetivos legítimos, o que acabam por distorcer a competição internacional”, afirmou Tatiana.

A secretária abriu o painel “Políticas climáticas e medidas de comércio internacional” no “Climate Trade Nexus (CTN) Assessment”, encontro promovido pela ERCST – entidade europeia que debate temas ligados à transição sustentável – e pela consultoria Agroicone, além da Fiesp.

Ela lembrou que o debate sobre comércio exterior e sustentabilidade está sendo feito no âmbito do G20 a partir de uma provocação do Brasil, que neste ano preside o grupo.

“É saudável que hoje haja uma discussão estruturada para fazer com que o comércio de fato ajude no combate às mudanças climáticas. E o Brasil está usando a plataforma do G20 para tratar dessa questão. É uma contribuição importante da presidência brasileira. O objetivo é adotar princípios e parâmetros mínimos”.

Também participaram do painel: Paulo Hartung, da indústria Brasileira de Árvores (IBA), Jefferson de Paula, do Instituto Aço Brasil, e  Sheila Guebara, da Associação Brasileira das Indústrias de Exportação de Carne.

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